Depressão
A DEPRESSÃO é caracterizada pela perda ou diminuição do interesse e prazer pela vida, gerando angústia e prostração, algumas vezes sem um motivo evidente.
Considerada o “mal do século” pela Organização Mundial da Saúde, que a considera a 4ª principal causa de incapacitação, a DEPRESSÃO ainda é um desafio para médicos e pacientes. Michael Phelps revelou sofrer demais com o problema após as Olimpíadas de 2012, quando ganhou seis de suas 28 medalhas olímpicas.
Esse transtorno psiquiátrico atinge pessoas de qualquer idade – embora seja mais frequente entre mulheres – e exige avaliação e tratamento com um profissional. O desânimo sem fim é fruto de desequilíbrios na bioquímica cerebral, como a diminuição na oferta de neurotransmissores como a serotonina, ligada à sensação de bem-estar.
Hoje se sabe que a DEPRESSÃO não promove apenas uma sensação de infelicidade crônica, mas incita alterações fisiológicas, como baixas no sistema imune e o aumento de processos inflamatórios. Por essas e outras, já figura como um fator de risco para condições como as doenças cardiovasculares.
Sinais e sintomas da Depressão
- Cansaço extremo
- Fraqueza
- Irritabilidade
- Angústia
- Ansiedade exacerbada
- Baixa autoestima
- Insônia (ou sono de má qualidade)
- Falta de interesse por atividades que antes davam prazer
- Pensamentos pessimistas
- Pensamentos frequentes sobre a morte
- Comportamentos compulsivos
- Dificuldade para se concentrar
- Problemas ou disfunções sexuais
- Sensação de impotência ou incapacidade para os afazeres do dia a dia
Fatores de risco para a Depressão
- Histórico familiar
- Transtornos psiquiátricos correlatos
- Estresse crônico
- Ansiedade crônica
- Disfunções hormonais
- Excesso de peso
- Sedentarismo e dieta desregrada
- Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas)
- Uso excessivo de internet e redes sociais
- Traumas físicos ou psicológicos
- Pancadas na cabeça
- Problemas cardíacos
- Separação conjugal
- Enxaqueca crônica
Prevenção da Depressão
Para espantar a tristeza sem fim da rotina, é importante gerenciar o estresse e compartilhar as dificuldades do dia a dia. Ler, aprender coisas novas, ter um hobby e se divertir ajudam a manter a cabeça ativa e livre de pensamentos negativos ou preocupações excessivas. O otimismo, ladeado de bom-senso, assegura o bem-estar emocional.
A máxima “mente sã, corpo são” é cientificamente aceita e o caminho inverso também procede. Ou seja, cuidar do organismo reflete na saúde mental. Nesse ponto, o conselho é praticar atividade física regularmente, inclusive porque estudos atestam que elas incentivam a liberação de hormônios e outras substâncias importantes para a manutenção do humor.
Pesquisas recentes revelam que até a dieta influencia as emoções. Nesse quesito, vale se inspirar no cardápio dos mediterrâneos, abastecido de azeite de oliva, peixes, frutas, verduras e oleaginosas (nozes, castanhas…). As gorduras e os antioxidantes presentes nesse menu estão associados à maior proteção e conservação das redes de neurônios. Quando a comunicação entre as células nervosas está afiada, não sobra espaço para a angústia se apoderar da cabeça.
Diagnóstico e tratamento da Depressão
A avaliação apurada do médico vai incluir o histórico do paciente e da família, bem como alguns exames. A condição, aliás, muitas vezes está associada a outros transtornos psiquiátricos. A DEPRESSÃO também é classificada de acordo com a sua intensidade — leve, moderada ou grave.
A DEPRESSÃO pode durar semanas ou anos. E uma vez que o indivíduo passe por uma crise, corre maior risco de enfrentar episódio semelhante outra vez na vida.
Existem diversos medicamentos antidepressivos, que ajudam a regular a química cerebral, e o médico escolherá segundo o perfil do paciente.
Um acompanhamento psicológico pode ajudar na busca das causas do problema, ajudando a resolvê-lo. Converse com seu neurologista.